21 de janeiro de 2008

Como será o amanhã?






Um amanhã de chegadas e partidas
O amanhã que traz a despedida
Ou dá boas vindas
Àqueles que chegam.
Um amanhã cheio de vitória
Um Futuro com conquistas,
Dias de glória.
Talvez até, momentos de recompensa.
O amanhã que ora faz rir, ora chorar.
De pessoas maravilhosas
Amigos inesquecíveis e imortais.
O amanhã que faz você feliz
Ou que me faz feliz, junto a você.
O amanhã que eu espero,
Um amanhã de mero acaso.
Pode até ser que seja, ou que seja só ilusão.

5 de janeiro de 2008

Loucura de Poe











"Loucura seria falar de meus próprios pensamentos. Desfalecendo, recuei até a parede
oposta. Durante um minuto, o grupo que se achava na escada ficou imóvel, no paroxismo
do medo e do pavor. Logo depois, uma dúzia de braços robustos se atarefava em
desmantelar a parede. Ela caiu inteiriça. O cadáver, já grandemente decomposto, e
manchado de coágulos de sangue, erguia-se, ereto, aos olhos dos espectadores. Sobre
sua cabeça, com a boca vermelha escancarada, o olho solitário chispante, estava
assentado o horrendo animal cuja astúcia me induzira ao crime e cuja voz delatora me
havia apontado ao carrasco."
Trecho retirado do conto "O Gato Preto", de Edgar Allan Poe (parágrafo 27).

4 de janeiro de 2008

Loucura

Às vezes penso: O que é a loucura?

Se ela realmente existe ou se foi apenas mais uma das coisas que a sociedade criou para discriminar quem se opõe a ela.

Você é louco!

Costumo ouvir isso sempre, e percebi que sem sombra de dúvidas, o locutor sempre está errado. Tampouco ele sabe o que é loucura ou um louco. Usa esse adjetivo sempre que quer descrever alguém diferente. O “banco de palavras” das pessoas anda um tanto quanto falido. Sempre as mesmas frases clichês, raramente têm idéia do que estão dizendo.

Vamos voltar à loucura. Se pegarmos o dicionário e procurarmos por “louco”, aparecerá algo como “indivíduo que perdeu o uso da razão”, “que perdeu a razão” ou coisas semelhantes. Confundimos-nos mais, sem saber o que na verdade é dito como “razão”.

Entendida a “razão”, nos perguntamos quem a cria. A humanidade a cria. Indiscutível. A razão é o modo próprio de pensar do Homem. Visto que um Homem do Ocidente, é diferente de um nativo do Oriente, podemos concluir que o conceito de razão se difunde muito mais do que pensamos. Cada Sociedade luta pela sua razão. Qualquer um que estiver dentro dela e não condizer com suas razões, será irracional, portanto, louco. A Sociedade cria “loucos”. Diria mais. Enlouquece.

Fica a pergunta: Por que ela despreza tanto o que ela mesma criou?

(2007)