6 de maio de 2009

Lágrimas no Jardim

Já não pousa mais aqui borboleta
Que sincera meu jardim encantara
Sobre as brancas rosas muito pairara
E tanto me alegrara a silhueta.

Pois não voa mais aqui borboleta
Já que voa tão distante de outrora
Vai sem tempo, sem direção ou hora
Pro desconhecido, como um cometa.

O chão muito dista mas nele está.
Das pétalas das flores verte o pranto
Da falta que sentem de tê-la perto.

Tão nítido fica o futuro certo.
Caem as folhas pelo desencanto
E a borboleta nunca voltará.

I give up

Acho suficiente que apenas eu tenha controle relativo sobre minha vida. É simples, bom, e estritamente necessário. Poderia ser mais fácil, deveria ser mais fácil, mas o redor insiste em deixar as coisas difíceis. Os dias passam; minhas ações se sucedem e vários outros podem vir me contá-las um ou dois dias depois de terem acontecido. Eu não entendo que achem minha vida mais interessante do que eu próprio posso achar. Insistem em fazer de mim célebre; eu queria apenas ser mais um um, mais outro, mais nenhum para alguns.
Não entendo e confesso que muito tento há muito tempo.
Eu quero distância deles todos.

5 de maio de 2009

A cor do querer

Tudo brilha em meu inconsciente
Tudo é céu tudo é azul
Tantos me fazem fulgor.
Dentro de mim posso colorir
Tudo com um mesmo pincel.
Cada luz que me acende
Ilumina um mesmo caminho...
Em meu interior são todas iguais
Não há cores diferentes
Não há matizes não há cromos
Há somente algumas
Poucas que são muitas
Há somente eu e todas elas
Há somente o sentir e o querer
Há somente o que quero.