11 de dezembro de 2009

A palidez do poeta

Que palidez, meu poeta, se estende na face tua!
(Castro Alves)

Quem é o louco

bêbado, trôpego
moribundo, alienado
senão o que foi visto
noite outra, amante ao lado
deliciando-se em seu flerte
sangrando seus anseios;
apaixonado.
O bulevar daquela noite
outras gotas:
choro e uísque
leito umedecido.

Sôfrego de paixão
de solidão embebedado
o desamado abraça a sarjeta;
poeta embriagado.


Thomaz Campacci