Verte tuas dores silenciadas,
Esconde-te, confessa tuas mágoas,
Aproveita deste não-escutar.
Tropeça quando estiveres correndo
Por entre o cômodo de luz ausente.
Rasga os joelhos, sangra a dor carente
Envermelha teu carpete lavado.
Canta baixo para o teu cobertor
O teu viver que ele ainda não vira,
Rabiscando os versos enquanto o faz.
Declara o teu sentimento voraz,
Confessa teus sonhos de amor e ira;
Confessa que tu foste o criador.
Thomaz Campacci