6 de abril de 2010

maquinista de minha rotina
pouco percebo as horas
como se todas fossem uma só
e já me houvesse habituado
a vê-las passar maquinalmente
as horas se vão frias
inaudíveis entre o caos
do barulho das rodas
cruéis faiscando
pelo vidro amigos
amantes inimigos
se vão resolutos
como horas que passam
e sóis se deitam
e rodas faíscam
a vida passa
e eu nunca parei para ver


Thomaz Campacci

2 comentários:

Avarandados do anoitecer disse...

Tréplica:
[culpa da revolução industrial!]

thiago campacci disse...

lindo, irmão!