Thomaz Campacci
23 de agosto de 2009
Felicidade falsa
Por algumas vezes preferi acreditar, esperando que a fantasia se tornasse real e não se tornou. Sorri e não me cansei, ou estivera sempre tão cansado que não percebi. A concretização de certos fatos somente abriram brechas para a não-concretização de outros que eu estimava serem perigosos e não eram. Mas eu ria por tornar, ainda que ilusoriamente, algo real; por poder dar a luz a um conto perfeito e inacabado — o que não começa não termina. Me sentia bem, e não mentia ao sentir, mas admito acomodar-me à facilidade do sentimento. Eu tinha nas mãos artifícios para fazer do mais tristonho sorridente, mas minha própria tristeza seria saciada por aquele único toque, por outra presença. Eu sorri e chorei por sorrir e por mentir que sorria. Não estava tudo bem. Feliz pudera ter sido se não fosse muito o pedido da felicidade de ser real. Felicidade falsa era mais que uma aliteração qualquer. E eu sempre soube.
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3 comentários:
Poxa... Espero que minhas palavras não o ofenda, mas eu fiquei triste agora.
Gosto de coisas que tocam.
Beijos
Adnei
Como a Adnei disse: "É fácil ser feliz, basta ser feliz" pena que às vezes nos acomodamos com nossas infelicidades.
Ravena
ele sorría o tempo todo
"antes que soubésse que estávamos sós".
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